(Republicado, depois da confirmação de que os clubes podem nomear os seus jogadores para esta votação, bem como jogadores de outras equipas.)
Caiu o pano sobre a Liga de Elite 2017 e não há grandes motivos para acreditar que o caminho é de progresso.
O Benfica renovou o título, já lá vão quatro anos seguidos, e continua a ser a equipa que mais investe, colhendo assim os frutos de ter um plantel bem recheado de "estrangeiros locais" que tem feito a diferença.
No pódio deste campeonato ficam os outros dois investidores: Monte Carlo e Chao Pak Kei, que andaram na cola dos encarnados até ao fim, merecidamente.
No meio deste campeonato que tantas vezes é sofrível, gostava de sublinhar uma coisa: o Monte Carlo já com longa tradição e agora o CPK, estão a disputar os campeonatos das camadas mais jovens e esse é um exemplo que o Benfica, a meu ver, tem obrigação de seguir.
Mas bom, já não bastava o desinvestimento de Ka I e Sporting, veio a saga da inscrição na AFC (uma das maiores vergonhas de que me lembro no futebol, que acabou sem consequências ou responsáveis), a liga deste ano teve cenas de pancadaria que acabaram, a meu ver, mal decididas, jogadores expulsos que jogaram no jogo seguinte, e até mesmo perda de pontos na secretaria.
Para finalizar, a anedota do ano, que é como quem diz, a eleição para os melhores jogadores deste campeonato.
E é neste particular que insisto desde sempre: os clubes têm a liga e a Associação de Futebol que merecem.
Segundo informação da AFM, os clubes indicam vários nomes para fazerem parte da lista que vai a votação. Ou seja, não é a Associação que escolhe, são os clubes!
Ora não é espantoso que, por exemplo, o Sporting não tenha nenhum jogador na lista? Quando, a meu ver, o Tony Lopes é, sem margem para dúvidas, uma das revelações do ano e, com certeza, até merecia o prémio de melhor jogador sub-23?
Do lado dos mais novos, também o CPK se "esqueceu" de Vinicius Akio, quando o Kei Lun, só para dar um exemplo, não se esqueceu de Josecler Filho, miúdo de 16 anos que nem entrou assim em tantos jogos.
Mas há mais esquecimentos e alguns, a roçar o inacreditável: Marco Meireles, talvez, um dos melhores da época, ficou esquecido pelo Benfica, ou mesmo Bernardo Marques que jogou mais e melhor do que Filipe Duarte e do capitão, lá está, não se esqueceu e está na lista; no CPK, Bruno Figueiredo ficou de fora, mas Vitor Almeida, que esteve bem longe do que se viu no ano passado, faz parte das indicações, que não esqueceu ainda Domingos, o veterano guarda-redes ou Pedro Lopes que, não tendo prestações más, está longe de ter a importância do brasileiro na equipa; o Monte Carlo tem lá Paulo Cheang, que, bom, quem viu o que andou a fazer durante a época, sabe que foi tudo menos uma temporada para lembrar.
Enfim...
E agora? Será que é só a Associação que não tem uma postura séria e profissional, e que deixa a desejar na forma como conduz o futebol local?
Podem todos dizer que estes prémios não valem grande coisa, eu também digo que mereciam ser algo mais digno para os agentes do futebol, mas são os prémios que temos e é deste modo que os clubes prestigiam os seus atletas.
São opiniões, claro está. Na minha, nestes casos que citei, alguns clubes não souberam prestigiar quem merecia.
Quero só ver quem vai ser o jogador do ano...
Venha a Liga de Elite 2018...