Era o jogo grande da jornada e, na verdade, valeu pelo resultado que relançou o interesse a três pela discussão do título.
Uma partida que, na verdade, não foi de um futebol espectacular e até esteve bem dividida em termos de performance. A primeira parte teve maior ascendente do CPK, enquanto a segunda foi do Monte Carlo, mas já com prejuízo no marcador.
O CPK tem uma vantagem: melhores locais. Ontem foi exemplo disso, com boas exibições de Ho Ka Seng ou do guarda redes Lo Weng Hou a assinar uma boa exibição que deixou segura a vantagem alcançada à meia hora, para referir dois.
A grande lacuna desta equipa é, sem dúvida, o ataque, com falta de uma referência lá na frente que se assuma como verdadeiro ponta-de-lança. Valeu, como sempre, Diego Patriota que regressou às boas prestações depois de um jogo menos conseguido frente ao Ka I.
A estratégia até não foi aquela que, a meu ver, poderia ser a mais acertada, mas uma coisa é certa, Ronald no eixo central da defesa cumpriu, e bem, o papel, e, parece, é onde se sente confortável a jogar.
Vitor Almeida jogou numa posição dianteira ao eixo defensivo, foi o autor do golo nas suas já habituais incursões ofensivas, mas em 13 jornadas já disputadas anda longe do que mostrou na temporada anterior.
Foi no entanto determinante e esteve muito bem no lance do golo, à meia hora de jogo, depois de um excelente trabalho de Diego.
Do lado do Monte Carlo, vale pelos estrangeiros, que ontem não tiveram a competência para marcar, ainda que não se possam queixar de oportunidades.
A defesa é um grande 'handicap' neste conjunto. Paulo Cheang e Geofredo não têm frescura física e as trocas de bola promovidas por Ho Man Fai lá atrás são um verdadeiro filme de terror que se tem visto em várias jogos. Ontem, nem foi dos piores casos.
Opiniões divergem, mas Wilson Sadan até estava a ser o melhor estrangeiro do lote deste ano, Leandro cumpre, Neto é uma certeza no ataque canarinho e Keverson vai mostrando qualidade, mesmo que ontem não tenham sido decisivos, mas antes perdulários.
Na segunda parte, o Monte Carlo podia ter chegado ao golo e pelo que fez, até merecia. Não que a vitória do Chao Pak Kei não se aceite, e lembre-se aquele lance no final quando Vitor Almeida podia ter matado o jogo.
Os três pontos do Chao Pak Kei dão novo alento ao campeonato e pressionam o Benfica que até nem anda pelos ajustes com as exibições.
Para ganhar aos sub-23 foi preciso chegar a segunda parte e Leonel Fernandes ter cabeça para isso. Mais quatro golos que fazem dele o melhor marcador do campeonato, encaminhado para renovar esse título da época anterior.
Mas se não há dúvidas sobre a qualidade do plantel, até acima de qualquer outro, esta segunda volta não está a correr de feição.
A exibição contra a Polícia não foi conseguida, voltou a empatar com o Ching Fung e os sub-23 demoraram a ser vergados. Verdade seja dita que os encarnados tinham muitas ausências para esta partida, e é notória a diferença de qualidade para os habituais titulares. Filipe Duarte faz sempre falta, Edgar Teixeira e Marco Meireles se não se exibirem a um bom nível isso reflecte de imediato na produção da equipa, mas eu diria que Chan Man também faz muita falta a este Benfica.
Será por isso interessante ver como se vai desenrolar esta luta pelo primeiro lugar.
O Chao Pak Kei só tem a desvantagem de perder no confronto directo com o Monte Carlo, mas quase que os três dependem apenas deles próprios e isso é positivo para a Liga de Elite.
(Foto: Bessa Almeida, Macau Bolinha e Bolão)
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