Frente a frente, o colosso Real Madrid e o Club América do México.
Os campeões europeus trouxeram a nata para o Japão, mas quando chegaram, "quentinhas" as indicações do onze madrileno, Sergio Ramos (o milagreiro desta equipa) e Pepe estavam de fora das opções.
Nacho Fernandez e o gigante Raphael Varane (1,91m) tomaram conta do reduto mais recuado.
Estádio Nissan bem composto em Yokohama, e uma claque mexicana que não parou de entoar cânticos mesmo com o domínio evidente do Real Madrid durante toda a partida.
Cristiano Ronaldo, a estrela entre as estrelas, acabara de vencer mais um Ballon d'Or da prestigiada revista France Football e voltava aos relvados depois de ter ficado de fora no desafio a contar para a liga espanhola frente ao Corunha.
O português, como é habitual, passou grande parte do tempo à procura de marcar, tendo desperdiçado algumas oportunidades, incluindo dois livres directos.
Os mexicanos lá iam dando o ar da sua graça em contra-ataque, mas nada que fizesse tremer o guarda-redes Keylor Navas. Em toda a partida fizeram apenas dois remates que levavam a direcção da baliza do Real.
Silvio Romero, a grande figura da reviravolta frente do Jeonbuk Hyundai, gastou a pilha no jogo com os sul-coreanos e do argentino, pouco se viu. Acabou substituído na segunda parte.
Na frente, mais apagado do que Cristiano e Lucas Vasquez, esteve o francês Karim Benzema, que acabaria por fazer o golo em cima do intervalo, resultado que trazia justiça ao que as equipas produziram na primeira parte.
Segundos 45 minutos e o guião era o mesmo: o Real Madrid a fazer o seu jogo e a tentar aumentar a vantagem.
Nas bancadas, os adeptos do Club America bem tentavam puxar pela equipa, numa altura em que o técnico, o argentino Ricardo La Volpe, já reclamava da arbitragem (sem razão... houve dois cartões amarelos, um para cada lado e o conjunto mexicano até foi mais faltoso: 14 contra 10 do Real Madrid).
O jogo arrefeceu, quem sabe para acompanhar a temperatura de 7º C que se fazia sentir em Yokohama.
A insistência de Cristiano Ronaldo continuava, já com Alvaro Morata e James Rodriguez em campo, e acabou por dar frutos já depois dos 90 minutos.
No entanto, deu também polémica: o golo do português chegou a ser anulado pelo árbitro Eduardo Cardozo, mas com a ajuda do vídeo-árbitro, tecnologia que foi experimentada pela primeira vez pela FIFA neste torneio, acabou validado.
Era o 2-0 para o Real Madrid que confirmava a presença dos espanhóis na final do mundial de clubes frente aos japoneses do Kashima Antlers.
O sistema que pretende introduzir a ajuda da tecnologia, não tem agradado, em especial aos principais intervenientes.
Na conferência de imprensa após o jogo, Luka Modric confessou que o vídeo-árbitro o "irrita"...
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