Nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, temos visto
várias mulheres a participar na imprensa dedicada ao desporto.
Em especial na televisão, do Brasil a Portugal, da CNN à
BBC, o feminino entrou, definitivamente, na retina de quem acompanha os
programas que dão conta da actualidade desportiva mundial.
No entanto, pelo menos em Portugal e em Macau, terrenos onde me tenho movido, continuamos a ver na imprensa escrita muito pouco do género.
Cresci a ver a Cecília Carmo. Terá sido, sem dúvida, o
grande exemplo que tinha para também eu perseguir o sonho de ser jornalista
numa área marcadamente masculina.
Na imprensa escrita, poucas (muito poucas), e, não sendo
este um texto com dados científicos incontestáveis, lembro-me da Céu Freitas no
Record, da Cláudia Martins, que fazia futsal também no Record, e da Filipa Reis
no jornal A Bola.
Anos mais tarde (bastantes), chegámos, lá está, à era das
apresentadoras de televisão.
Mas será este um engodo? A mim parece-me que sim...
Vejamos pelo exemplo do desporto-rei, o futebol, quantas
mulheres escrevem, quantas fazem relatos de jogos ou comentários.
No mundial de clubes no Japão, estavam quatro mulheres a
acompanhar o evento. Uma delas, uma cara bonita da televisão do Real Madrid que
apenas fazia reportagem de bastidores e entrevistas aos jogadores.
Isto, para concluir, faz-me pensar que o caminho é longo
(mais ainda?) e que as mulheres ainda são (ou já são) apenas, umas caras
"bonitas" para compor o ramalhete, em especial no pequeno ecrã.
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