sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Mulheres no futebol: verdade ou mito?

Nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, temos visto várias mulheres a participar na imprensa dedicada ao desporto.

Em especial na televisão, do Brasil a Portugal, da CNN à BBC, o feminino entrou, definitivamente, na retina de quem acompanha os programas que dão conta da actualidade desportiva mundial.

No entanto, pelo menos em Portugal e em Macau, terrenos onde me tenho movido, continuamos a ver na imprensa escrita muito pouco do género.

Cresci a ver a Cecília Carmo. Terá sido, sem dúvida, o grande exemplo que tinha para também eu perseguir o sonho de ser jornalista numa área marcadamente masculina.

Na imprensa escrita, poucas (muito poucas), e, não sendo este um texto com dados científicos incontestáveis, lembro-me da Céu Freitas no Record, da Cláudia Martins, que fazia futsal também no Record, e da Filipa Reis no jornal A Bola.

Anos mais tarde (bastantes), chegámos, lá está, à era das apresentadoras de televisão.

Mas será este um engodo? A mim parece-me que sim...
Vejamos pelo exemplo do desporto-rei, o futebol, quantas mulheres escrevem, quantas fazem relatos de jogos ou comentários.

No mundial de clubes no Japão, estavam quatro mulheres a acompanhar o evento. Uma delas, uma cara bonita da televisão do Real Madrid que apenas fazia reportagem de bastidores e entrevistas aos jogadores.

Isto, para concluir, faz-me pensar que o caminho é longo (mais ainda?) e que as mulheres ainda são (ou já são) apenas, umas caras "bonitas" para compor o ramalhete, em especial no pequeno ecrã.


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